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Apostas on-line não «roubam» mercado às tradicionais

As apostas on-line não estão a retirar mercado às apostas tradicionais e geraram lucros de 6,5 mil milhões de euros, em 2008, indica um estudo da European Gaming and Betting Association (EGBA).

Apostas on-line não «roubam» mercado às tradicionais
Futebol 365

Os dados, apresentados na conferência internacional ''Apostas on-line no futebol - Que Regime Jurídico?'', mostram que os lucros gerados pelas apostas tradicionais rondaram os 78,5 mil milhões de euros e devem aumentar até aos 82 mil milhões em 2012.

No mercado das apostas on-line é esperado, até 2012, um crescimento até aos 11 mil milhões.

Os números foram revelados por Sigrid Liné, secretária geral da EGBA, uma associação que promove a regulamentação do jogo on-line na Europa.

Sigrid Liné considerou essencial que ''haja cooperação entre os países da União Europeia para evitar duplicação de legislação sobre o mercado das apostas'', acrescentando: ''Estamos a trabalhar no Parlamento Europeu para convencer que a uniformização seria o ideal para o sector''.

Alguns países europeus, nomeadamente Inglaterra, Itália e Malta, têm o mercado de apostas on-line legalizado, enquanto outros, como Bélgica, Dinamarca, França, Espanha e Irlanda estão a estudar legislação.

Em Itália, o mercado teve um crescimento bastante grande desde que as apostas foram legalizadas, e o Estado obteve lucros significativos, assegurou Carmelo Mazza, da empresa de apostas MAG.

Mazza defendeu que a melhor forma de competir com ''a oferta internacional que não está legalizada é ter uma oferta nacional o mais parecida possível e legal''.

A França espera ter legislação sobre o assunto até ao Mundial de 2010, estando a mesma a aguardar aprovação do Parlamento, referiu Marie-Laurie Darian, da empresa Consultants.

Na Alemanha, a realidade é diferente, com os 16 estados regionais a manterem o monopólio do estado, sistema que deverá ser revisto em 2011.

Jorg Wacker, diretor da agência alemã, defendeu a necessidade de alterar o sistema, porque ''na realidade não há monopólio, a proibição de jogar via Internet não funciona e as pessoas continuam a apostar. O sistema de monopólio falhou''.

O diretor executivo do Real Madrid, José Angel Sánchez, defendeu a importância de os clubes ajudarem as empresas de apostas, dando como exemplo o patrocínio da Bwin ao clube madrileno.

''As empresas de apostas estão a financiar os clubes. A única maneira de ajudar é permitir que eles continuem a crescer num quadro legal'', disse, acrescentando: ''Todos os países regulados veem a percentagem do PIB aumentar''.

A conferência, que contou com a presença de especialistas de diferentes países, que partilharam os caminhos seguidos na regulamentação do mercado das apostas, visou sensibilizar as entidades governamentais.

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Hermínio Loureiro, defendeu que em Portugal, numa altura em que o Estado procura novas formas de financiamento, ''a regulamentação das apostas on-line abre uma janela de oportunidade para aumentar as receitas fiscais''.

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