O Paços de Ferreira venceu este domingo o Rio Ave, por 3-1, numa despedida inglória como visitado da edição 2022/23 da I Liga, consumada a descida de divisão, a uma jornada do fim do campeonato.
No jogo que marcou a despedida caseira da I Liga, os pacenses encheram-se de brio e tiveram alma para derrotar um tranquilo Rio Ave, com Nigel Thomas, aos 34 segundos de jogo, a inaugurar o marcador.
O Rio Ave empatou logo a seguir, aos três, por Patrick William, mas os locais voltariam para a frente na segunda parte, primeiro num autogolo de Aderllan Santos, aos 48 minutos, e depois, aos 85, numa grande penalidade convertida por Alexandre Guedes.
Quando falta uma jornada para cair o pano sobre o campeonato, o Paços, que na próxima época irá competir na II Liga, recuperou o 17.º e penúltimo lugar, agora com 23 pontos, enquanto o Rio Ave é 12.º, com os mesmos 39.
As duas equipas foram a jogo com duas novidades nos ‘onze’ iniciais relativamente à última jornada, com o peso acrescido da descida para os pacenses, que não podiam ter pedido melhor entrada.
Tinham passado 34 segundos do apito inicial e Nigel Thomas já tinha aberto o marcador, assistido por Uilton, que se lesionou no lance, em jogada iniciada por Gaitán.
Não foram exuberantes os festejos, mas repetiram-se pouco depois, do outro lado do campo, quando o defesa Patrick William, em apoio ao ataque, empatou o jogo, em remate na área após cruzamento de Costinha da direita.
Este golo devolveu a ‘tremideira’ aos pacenses e animou o Rio Ave, que conseguiu ganhar algum ascendente territorial e aproximações perigosas, com Marafona a ser decisivo em dois momentos, aos 10 e 37 minutos, a negar o segundo tento à formação de Vila do Conde. Hernâni, aos 22, também teve oportunidade para ter sucesso, mas o remate à entrada da área não levou a melhor direção.
A reação pacense chegou nos pés de Butzke, primeiro a pegar mal na bola e a falhar a direção do remate, aos 16 minutos, e, depois, aos 43, chegou mesmo a marcar, mas o lance seria anulado após quatro minutos de revisão pelo videoárbitro (VAR), por posição irregular.
O VAR teve, aliás, um papel ativo no jogo e já no segundo tempo, aos 62 minutos, voltou a dar indicação de fora de jogo em novo golo dos pacenses, mas, à terceira intervenção, o árbitro contrariou a indicação sobre uma possível falta no ataque pacense e manteve a decisão de marcar grande penalidade, que Alexandre Guedes converteria.
Este golo selou a vitória do Paços, que já tinha voltado para a frente do marcador aos 48 minutos, num autogolo de Aderllan Santos, ao desviar para a sua baliza um remate de Gaitán, um jogador com ‘samba nos pés’ e que apenas perdeu no protagonismo da tarde para Marafona.
O guarda-redes pacense foi novamente decisivo no segundo tempo, com duas enormes intervenções, só não conseguindo substituir o ‘ferro’ da sua baliza, no livre direto do júnior Kerzze, já nos descontos.