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"Não deu para ninguém sair antes das autoridades, houve segredo"

O FC Porto, já a contas com uma temporada desafiadora, foi sacudido por uma reviravolta inesperada na última quarta-feira com a detenção de Fernando Madureira, o carismático líder da claque Super Dragões.

"Não deu para ninguém sair antes das autoridades, houve segredo"
Instagram Fernando Madureira

"Essa já é uma grande vitória para as autoridades, nesta altura"

A operação policial, batizada de 'Operação Pretoriano', não se limitou a Madureira, estendendo-se à sua esposa, Sandra Madureira, figura influente e vice-presidente do organismo de apoio aos dragões, e a Fernando Saúl, conhecido speaker do Estádio do Dragão e oficial de ligação do clube com os adeptos portistas.

Este episódio ocorre num momento crucial para o FC Porto, que se encontra a escassos meses de eleições presidenciais.

O clima de contestação e insatisfação entre os adeptos devido aos resultados desportivos menos positivos, embora a melhorar, tem sido evidente, e a detenção do líder dos Super Dragões adiciona uma camada de complexidade a uma época já marcada por dificuldades, quer dentro quer fora das quatro linhas.

O FC Porto, através de um comunicado oficial, afirmou ter conhecimento das diligências em curso e comprometeu-se a colaborar integralmente com as autoridades.

"Não sendo visado, o clube reitera a intenção de continuar a colaborar com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado", frisou o FC Porto.

Por sua vez, Gonçalo Cerejeira Namora, advogado de Fernando Madureira, não poupou críticas à operação, questionando a sua legitimidade e sugerindo motivações políticas por trás do timing escolhido.

"Houve segredo até a operação ser realizada"

Diamantino Miranda, ex-jogador do Benfica e atual comentador da CMTV, entrou também na discussão, expressando a sua opinião sobre a situação que está a marcar a atualidade do rival FC Porto.

O antigo jogador português sugeriu que esta operação desencadeada no Grande Porto pode ser apenas "a ponta do icebergue", insinuando a existência de questões mais profundas ainda por revelar.

"Quando se começa nestas coisas, isto é a ponta do icebergue. Vamos ver”, referiu o antigo jogador de futebol, dando conta de que se ouvem falar “de coisas há muitos anos", começou por dizer Miranda.

O antigo jogador destacou de seguida a atuação das autoridades como uma vitória, salientando a ausência de fugas de informação antes e durante a operação.

"As autoridades, desta vez, sem receio absolutamente nenhum, também decidiram atuar e, na minha opinião, até que enfim", observou o agora comentador.

"Desta vez, não deu para ninguém sair antes das autoridades chegarem"

"Essa já é uma grande vitória para as autoridades, nesta altura. Agora vamos ver o desenrolar dos acontecimentos", acrescentou ainda Diamantino Miranda.

Com os detidos a serem presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto esta quinta-feira, espera-se que mais detalhes sobre as acusações e medidas de coação sejam revelados.

Esta inesperada reviravolta no FC Porto surge num momento crucial da temporada desportiva, com implicações potenciais não apenas nas atividades desportivas do clube, mas também na sua gestão interna e na perceção pública dos azuis e brancos.

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