
As equipas da I Liga portuguesa destacam-se por serem as que menos utilizam guarda-redes nacionais entre os principais campeonatos da UEFA, com apenas dois jogadores portugueses a serem titulares.
De acordo com um estudo recente, Portugal apresenta a menor taxa de utilização de guarda-redes locais entre os 20 principais campeonatos da UEFA, com apenas 11% de titulares nacionais na I Liga.
Apenas Diogo Costa, do FC Porto, e Ricardo Velho, do Farense, são os representantes lusos nas balizas das equipas da I Liga. Diogo Costa é não só o titular dos dragões, mas também o guarda-redes da seleção nacional. Por outro lado, Ricardo Velho já foi convocado para a equipa das 'quinas', embora ainda não tenha estreado.
Bruno Varela, que defende a baliza do Vitória de Guimarães, poderia ser outro exemplo de guarda-redes português. Contudo, desde outubro de 2023, Varela tornou-se internacional cabo-verdiano, o que o exclui desta contagem. Assim, a presença de guardiões nacionais na I Liga é reduzida a apenas 2 em 18 clubes.
Em contraste, a II Liga apresenta uma situação ligeiramente mais favorável, com 39% dos guarda-redes a serem portugueses. Entre os sete nacionais estão vários jovens talentos que têm demonstrado potencial nas competições inferiores. A maioria dos guarda-redes na II Liga é composta por jogadores estrangeiros, sendo os brasileiros os mais numerosos com oito representantes.
A análise dos campeonatos europeus revela que apenas a Inglaterra se aproxima da realidade portuguesa no que diz respeito à titularidade de guardiões locais, com uma taxa de 20%. Na Premier League, quatro guarda-redes ingleses ocupam as balizas: Jordan Pickford (Everton), Dean Henderson (Crystal Palace), Nick Pope (Newcastle) e Aaron Ramsdale (Southampton). Curiosamente, José Sá, um português internacional, também atua na Premier League pelo Wolverhampton.
A Grécia apresenta uma taxa de 29% de guarda-redes locais entre as suas equipas principais. Em contraste, a Sérvia destaca-se como o país com maior confiança em guardiões nacionais, apresentando uma impressionante taxa de 88% com 14 dos 16 titulares a serem locais. A Croácia segue em segundo lugar com 80%, enquanto Israel ocupa o terceiro posto com 79%.