O selecionador português de futebol, Carlos Queiroz, afirmou hoje que estará “no banco” a orientar a equipa das “quinas” no primeiro jogo da fase de qualificação para o Euro2012, a 03 de setembro, frente a Chipre.
Esta declaração do selecionador foi feita hoje na sede da FPF, depois de terem sido ouvidas as testemunhas abonatórias por si indicadas, no âmbito da contestação à nota de culpa entregue segunda feira pelo seu advogado, Rui Patrício, entre as quais o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, o treinador do Manchester United, Alex Ferguson e o antigo futebolista Luís Figo.
Carlos Queiroz lamentou que as coisas tivessem chegado a este ponto”, o que, segundo ele, não teria acontecido, caso tivesse havido diálogo: “Tenho de aceitar as regras que me foram impostas. Não fui eu que as ditei e sou obrigado a jogar o jogo para o qual fui empurrado. Não foi possível dialogar, mas a responsabilidade por isso não foi minha”.
O selecionador negou a ideia de que este conflito o coloque em confronto com a FPF: “Não há nada entre mim e o presidente da FPF ou a própria Federação, mas sim com a ADoP (Autoridade antidopagem de Portugal), que nem sequer me ouviu no âmbito do processo que me moveu. Só o Conselho de Disciplina (CD) da FPF é que me convocou para ser ouvido”.
O responsável técnico pela seleção principal garantiu que vai “assumir as suas responsabilidades” e espera que outras pessoas, sem as especificar, “não fujam às suas (responsabilidades)”.
Recusou entrar em detalhes acerca dos fundamentos da contestação que apresentou à nota de culpa do CD, e perante a eventualidade deste órgão vir a arquivar o seu processo, foi comedido.
“Não está na minha mão. Se tivesse sido ouvido na altura própria, como as várias partes envolvidas, já tudo estava esclarecido”, finalizou.