O médico da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Henrique Jones é da opinião que as “palavras ofensivas” dirigidas aos médicos da Autoridade antidopagem (ADoP) não são motivo para Carlos Queiroz deixar o cargo de selecionador.
“Se o que está em causa são as palavras ofensivas que o selecionador proferiu (aos técnicos do ADoP que se deslocaram ao estágio da seleção, na Covilhã, a 16 de maio), não merece mais do que um pedido de desculpas. Se forem outros os motivos, já é assunto que cabe à direção da FPF”, disse Henrique Jones ao abandonar hoje a sede da FPF.
O médico da seleção vai mesmo mais longe ao considerar que a intervenção de Queiroz não influenciou o controlo levado a efeito pelo ADoP no estágio da Covilhã: “Não vejo que o controlo tivesse sido alterado pelas palavras ofensivas do selecionador. O controlo decorreu normalmente”.
Henrique Jones revelou ainda ter sido “ouvido pelo CD”, ao qual deu conta dos factos ocorridos a 16 de maio, no estágio da seleção na Covilhã, quando os técnicos do ADoP chegaram de manhã ao hotel para efetuar o controlo anti-doping: “Limitei-me a relatar aquilo que observei”, resumiu.