A dupla jornada de qualificação para o Euro2012 de futebol é “imensamente importante” para a seleção portuguesa, “favorita” para os jogos com o Chipre e com a Noruega, na sexta e na terça feira, disse hoje Agostinho Oliveira.
“É importante porque é o início de uma fase de qualificação, mas também pelos motivos que arrasto ou quero arrastar para aqui. Estou em substituição do selecionador nacional [Carlos Queiroz] - que por motivos óbvios [suspensão] está impedido de estar cá - mas na sequência de uma linha que logicamente foi traçada e fomentada por ele ao longo dos últimos anos”, explicou Agostinho Oliveira.
O adjunto de Queiroz, que assumirá o papel do selecionador, enalteceu o trabalho feito com as seleções B e de sub-23, que “contribuíram para a chegada de novos jogadores” à equipa AA e desvalorizou ainda as renúncias anunciadas por Deco, Simão e Paulo Ferreira.
“Alguns jogadores deixaram de dar o seu contributo, mas nós fechamos o grupo de jogadores, com o material humano que existe. O rejuvenescimento acontece sempre. Eles decidiram assim e temos de estar preparados para as mudanças. Vamos trabalhar com os que cá estão, sabendo que o testemunho deles na seleção foi magnífico e formidável. Mas, agora, valem os que cá estão”, assumiu.
Agostinho Oliveira revelou “nunca” ter “trocado a seleção por nada”, apesar das “situações que foram oferecidas” e revelou estar sempre “disponível para ajudar a Federação Portuguesa de Futebol naquilo que for preciso”.
“Eu tento sempre ajudar. Já estive em muitos momentos bonitos do futebol português e nunca troquei a Federação por nada”, acrescentou.
A seleção, de acordo com Agostinho Oliveira, “precisa de muito apoio popular” para o jogo de sexta feira, embora Portugal “assuma o favoritismo, até pela tradição e história de sucesso, com presenças consecutivas em fases finais”.
“Mas cada jogo tem uma história e o Chipre não é fácil. É uma seleção muito certinha e equilibrada, com setores bem fortes e eficazes. Todos trabalham bem a bola, com muita maturidade e há muita gente que joga junta nos clubes. Há rotinas criadas. Mas somos favoritos”, revelou.
A Noruega, na terça feira, criará mais “dificuldades”, pela “maneira ofensiva apresentada e pelas situações perigosas de bola parada”.
“Mas são jogos ao nosso alcance. Temos o direito e a obrigação de lutar pela qualificação”, referiu.