O treinador Paulo Bento negou hoje ter sido contactado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para suceder a Carlos Queiroz no cargo de selecionador nacional.
Paulo Bento fez questão de sublinhar que não assinou qualquer contrato com a FPF, considerando ''sem qualquer fundamento'' notícias veiculadas quarta feira que garantiam o vínculo entre o técnico e a federação.
''Não tive contactos com ninguém da FPF. Se me interessa ou não ser selecionador nacional, o que se tem de existir são factos concretos, para que se possam analisar. Se não existe nada, não posso estar a falar de cenários hipotéticos'', comentou, em entrevista à TVI24.
O técnico considerou que não se deve ''acelerar'' o processo de escolha do selecionador nacional e salientou que ''quem vai ser o escolhido tem um objetivo que é a dupla jornada da seleção, a 08 e 12 de outubro, para que se recuperem os pontos perdidos''.
''O que me parece essencial é que, com calma e tranquilidade, a FPF escolha um treinador. Pode ser sexta feira, sábado, domingo ou segunda feira, independentemente de ser um treinador da nova vaga ou da velha guarda'', disse.
O antigo técnico do Sporting disse que “o escolhido” apenas poderá aceitar o desafio se considerar que “é capaz” de qualificar Portugal para o Europeu. “Esse terá de ser o objetivo de quem entra e de quem está”, sustentou.
Bento defendeu ainda um ciclo de ''dois a dois anos'', porque, sublinhou, ''os projetos da seleção podem ser feitos'' naquele período e notou que se devam ''alimentar situações hipotéticas''.
As declarações de Paulo Bento surgem no mesmo dia em que a FPF, num curto comunicado de dois parágrafos, desmentia “qualquer acordo estabelecido com qualquer técnico para assumir a função de selecionador nacional”.
O cargo ficou vago após o despedimento de Carlos Queiroz, decidido por unanimidade pela direção da FPF na passada quinta feira e a mesma nota federativa indica que a decisão final sobre a matéria estará nas mãos do presidente Gilberto Madaíl.