O chefe da candidatura inglesa derrotada pela Rússia na corrida à organização do Mundial2018 em futebol considerou hoje inútil avançar com estes projetos enquanto a Federação Internacional de Futebol (FIFA) mantiver os atuais métodos de seleção.
“Direi que não vale a pena até que o processo mude e dê uma hipótese a candidaturas como a nossa”, afirmou Andy Anson em conferência de imprensa realizada em Zurique, Suíça.
E prosseguiu: “quando temos o melhor dossier técnico, relatórios das inspeções fantásticos, a melhor avaliação económica e, depois do que dissemos, a melhor apresentação, temos dificuldade em admitir que tudo não serviu para nada”.
A candidatura inglesa conseguiu apenas dois dos 22 votos da comissão executiva da FIFA durante a votação realizada quinta feira em Zurique e foi a primeira a ser afastada da corrida ao Mundial2018, deixando a decisão para Rússia (que venceu), Portugal-Espanha e Bélgica-Holanda.
“A Austrália tinha um dossier muito bom e não conseguiu mais do que um voto. A Inglaterra avançou com um projeto muito bom e alcançou dois. Os Estados Unidos apresentaram uma candidatura em termos técnicos incrivelmente forte e não passaram dos três. A soma de votos entre as três candidaturas na primeira volta não foi além dos seis. Há aqui qualquer coisa que verdadeiramente não funciona”, concluiu.
Para Andy Anson, o voto ser um exclusivo de 22 pessoas dá-lhes “muita influência e poder”, defendendo que o processo de escolha deveria ser “aberto a todas as federações, tornando-o mais transparente e ficando-se a saber porque é que votaram num determinado sentido”.
Os Estados Unidos e a Austrália, tal como o Japão e a Coreia do Sul, perderam para o Qatar a organização do Mundial2022.