O ex-selecionador português de futebol mostrou-se hoje “confiante na Justiça dos homens”, após três horas de inquirição no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), em Lisboa, numa queixa-crime contra o secretário de Estado do Desporto e o presidente da ADoP.
“A minha missão é tentar esclarecer e não deixar nenhuma dúvida sobre os factos que me levaram às suspeitas de que não se tratou de um processo normal. Vou para casa descansado por ter cumprido o meu dever e confiante de que a Justiça dos homens vá funcionar”, declarou Carlos Queiroz à saída.
O treinador denunciou Laurentino Dias, Luís Horta e três médicos envolvidos numa ação de controlo antidoping durante o estágio da seleção portuguesa na Covilhã, antes do Mundial África do Sul2010, por alegados “indícios de fraude processual”.
“Estou empenhado no meu futuro e reservo para mim e para mais tarde aquilo que penso sobre as pessoas envolvidas. Tenho a minha opinião e a minha sensibilidade, mas não é a mim que me compete decidir”, disse ainda.
À entrada, Queiroz tinha acusado os intervenientes no processo de inquérito de que foi alvo de terem efetuado “alterações, rasuras e datas truncadas” em documentos oficiais.
O ex-selecionador foi castigado pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) com seis meses de suspensão, devido a alegados insultos a elementos do organismo que fizeram um controlo antidoping inopinado.