O treinador do Real Madrid, José Mourinho, admitiu hoje que a equipa perde potencial com a ausência do português Cristiano Ronaldo, na véspera de defrontar o Racing de Santander, para a 27.ª jornada da Liga espanhola de futebol.
“Cristiano é um jogador demasiado importante para que possa dizer que não faz falta. Sem ele não teremos o mesmo potencial, mas temos bons jogadores que estarão motivados para dar o melhor”, disse o português, citado pela EFE.
Em conferência de imprensa, Mourinho disse que não se arrepende de deixar Ronaldo jogar o encontro todo frente ao Málaga, em que o português se lesionou depois de marcar o 7-0.
“Gago lesionou-se ontem [sexta-feira] no treino, o Arbeloa em casa e o Cristiano a jogar e a marcar. Lesionas-te quanto tens de te lesionar”, considerou.
Contudo, José Mourinho diz que o facto de Ronaldo estar ausente não “muda a ambição e o objetivo” do Real Madrid, frente ao “uma equipa que está motivada e com a confiança em alta e que joga muito bem em casa”.
Ronaldo não é o único jogador com que Mourinho não pode contar para a visita a Santander, uma vez que também o brasileiro Kaká, com uma sobrecarga muscular, e Álvaro Arbeloa, com uma lombalgia aguda, juntarem-se a uma vasta lista de indisponíveis.
Os argentinos Ezequiel Garay, Fernando Gago e Gonzalo Higuaín, e o alemão Sami Khedira estão lesionados, enquanto o francês Lassana Diarra está castigado.
Com todas estas ausências Moutinho só conta com 13 jogadores de campo e três guarda-redes, sendo obrigado a chamar Jorge Casado, Álex Fernández e Javi Morata, da equipa B, para completar a lista de 19 convocados, à qual regressa Pepe.
Na sexta-feira, a Cadena Ser noticiou que José Mourinho tinha sido alvo de uma tentativa de agressão na Corunha, mas o treinador desvalorizou o facto e disse não ter medo.
“Se aconteceu alguma coisa eu não vi. Disseram-me há dois dias que um dos homens da segurança tinha algo na zona lateral das costas, que tinha sido feita com uma coisa cortante. Não sei mais nada, não quero saber e não tenho medo”, adiantou.
Para Mourinho, “o tema está encerrado” e disse que na Corunha o Real Madrid tinha “a mesma proteção de sempre, que não serve para proteger de agressões, mas da paixão”.