Cristiano Ronaldo terminou hoje, com 40 golos na Liga espanhola, uma segunda época para a lenda ao serviço do Real Madrid, que bem pode agradecer ao internacional português não ter vivido um 2010/2011 de absoluta desilusão.
Na primeira época de José Mourinho, o conjunto madrileno não conseguiu acabar com a hegemonia do FC Barcelona, tricampeão e finalista da “Champions”, valendo Ronaldo, que “resgatou” o único título, a Taça do Rei, e catapultou a equipa para 102 golos no campeonato.
Os 100 milhões de euros, pagos pelo Manchester United no verão de 2009, parecem cada vez mais uma “pechincha”, para um jogador que soma quase um golo por jogo pelos “merengues” (86 em 89 jogos) – mais do que isso na Liga (66 em apenas 63 encontros) - e assegurou a segunda “Bota de Ouro”.
Três anos depois de, ao serviço do Manchester United, ter conquistado o troféu que premeia o melhor marcador de todos os campeonatos europeus, o jogador formado no Sporting repete, assim, o feito ao serviço dos “merengues”.
Cristiano Ronaldo consegue também imitar o feito dos seus compatriotas Eusébio (43 golos em 1967/68 e 40 em 72/73) e Fernando Gomes (36 em 82/83 e 39 em 84/85), ambos vencedores por duas vezes da “Bota de Ouro”.
Em 2007/2008, Ronaldo coroou-se com “apenas” 31 golos, mas, agora, fez ainda melhor, ao concluir a Liga espanhola com imponentes 40 (41 contando com um golo atribuído a Pepe, em San Sebastien), registo que nunca ninguém tinha conseguido na história da prova, iniciada em 1928/29.
O jogador do Real Madrid, que bateu largamente o seu máximo em termos globais numa época (53 golos, contra os 42 de 2007/2008), superou os “míticos” 38 tentos de Zarra (Athletic), em 1950/51, e do mexicano Hugo Sanchez (Real Madrid), em 1989/90.
Curiosamente, o internacional luso arrancou para a segunda “Bota de Ouro” após a maior deceção da época, a eliminação pelo FC Barcelona (0-2 em casa e 1-1 fora) nas meias finais da Liga dos Campeões.
Depois disso, Cristiano Ronaldo selou o segundo “poker” da época, em Sevilha (6-2), onde ultrapassou em definitivo Messi (acabou com 31 golos), prosseguiu com o quinto “hat-trick”, na receção ao Getafe (4-0), e fechou como dois “bis”, para um total de nove, no reduto do Villarreal (3-1) e em casa com o Almeria (8-1): 11 golos em quatro jogos.
O internacional luso brilhou na Liga espanhola, mas também na Taça do Rei (sete golos), sendo mesmo o grande responsável pelo facto de o Real Madrid, na primeira época de José Mourinho, não ter acabado em “branco”.
A 20 de abril, em Valência, Ronaldo foi o autor do golo que deu o triunfo aos “merengues” na final da “Copa del Rey”, com o “Barça” (1-0), que só caiu no prolongamento, face ao cabeceamento do português, servido por Di Maria.
Para o total de 53 tentos, em 54 encontros, o jogador do Real Madrid conta ainda seis na Liga dos Campeões, mas em 12 jogos, sendo esse o motivo de não ter fechado a temporada com a média de um golo por jogo.
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