Os títulos de 1989 e de 1991 foram os momentos altos das anteriores sete participações da seleção portuguesa de futebol em Mundiais de sub-20, também marcadas pelo descalabro de 1993 e a indisciplina de 2007.
Riade, 03 de março de 1989, o capitão Tozé recebe das mãos do rei Fahd da Arábia Saudita o primeiro título mundial do futebol português.
Na final, Abel, com um fantástico remate de fora da área, e Jorge Couto, com a ajuda do guarda-redes da Nigéria, foram os heróis da equipa lusa, comandada por Carlos Queiroz.
A primeira equipa da “geração de ouro” contava com jogadores como João Vieira Pinto, Paulo Sousa e Fernando Couto, além de Hélio Sousa, que faz parte da equipa técnica da seleção lusa que vai participar no Mundial de 2011, na Colômbia.
Dois anos depois, era a vez do Estádio da Luz receber nova festa, perante 127.000 espetadores, a maior assistência de sempre numa final de um Mundial de sub-20.
A 30 de junho de 1991, frente ao Brasil, de Elber e Roberto Carlos, foi necessário recorrer ao desempate por grandes penalidades, onde Rui Costa acabou por ser o herói, ao apontar o golo do triunfo.
João Vieira Pinto e Fernando Brassard são os dois únicos bicampeões mundiais portugueses, repetindo o triunfo de Riade, desta feita ao lado de Rui Costa, Jorge Costa, Luís Figo, Abel Xavier e Emílio Peixe, eleito o melhor jogador da prova.
Era, pois, com grande ambição que a seleção portuguesa partia para a Austrália para o Mundial de 1993, uma participação que ficou mais conhecida pela mensagem política do que pela parte desportiva.
Depois de a FIFA ter proibido uma mensagem de apoio à independência de Timor-Leste nas camisolas, os jogadores lusos decidiram usar pinturas negras debaixo dos olhos em homenagem ao povo timorense.
Contudo, no terreno de jogo, a participação da “equipa das quinas”, com Hugo Porfírio como principal “estrela”, redundou-se por três derrotas - Alemanha (1-0), Uruguai (2-1) e Gana (2-0) - e apenas um golo marcado, por Bambo, terminando na última posição.
Em 1995, no Qatar, com Dani, Nuno Gomes, Quim e Beto, o povo português chegou a acreditar num terceiro título, mas o sonho terminou no último minuto das meias-finais frente ao Brasil (1-0), quando Portugal já jogava com menos dois jogadores.
Treinado por Nelo Vingada, adjunto de Queiroz nos títulos de 1989 e de 1991, Portugal terminou a prova na terceira posição, depois de vencer no jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares a Espanha (3-2), de Raul, Morientes e Michel Salgado.
Depois de quatro anos de ausência, Portugal, comandado por Simão e Hugo Leal, voltou ao certame em 1999, na Nigéria, caindo nos oitavos de final frente ao Japão, no desempate por grandes penalidades
Seguiram-se oito anos de “seca” para Portugal, que regressou em 2007, no Canadá, prova da qual a equipa de Fábio Coentrão e Rui Patrício saiu com uma imagem de indisciplina e com apenas um triunfo, frente à Nova Zelândia, na estreia.
Nos oitavos de final, frente ao Chile, depois de uma discussão entre Coentrão e um chileno, Mano agrediu o adversário e, quando o árbitro se preparava para lhe mostrar o vermelho, este foi-lhe roubado por Zequinha.
A primeira participação portuguesa aconteceu em 1979, no Japão, com Portugal a cair nos quartos de final frente ao Uruguai, após prolongamento, numa prova que mostrou ao Mundo o argentino Diego Armando Maradona.
Nas sete participações, apenas em duas ocasiões Portugal não venceu na estreia, em 1979 e em 1993, somando 16 triunfos, sete empates e 10 derrotas, em 33 jogos, com 39 golos marcados e 27 sofridos.