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Euro 2012: Portugal ainda tremeu, mas cumpriu a missão de bater Islândia

A seleção portuguesa de futebol manteve hoje o pleno de vitórias oficiais na “era” Paulo Bento, ao vencer a Islândia por impensáveis 5-3, no Dragão, colocando-se a um escasso ponto da fase final do Euro2012.

Euro 2012: Portugal ainda tremeu, mas cumpriu a missão de bater Islândia
Futebol 365

Um empate em Copenhaga, terça-feira, é o que basta a Portugal para não falhar, pela sétima vez consecutiva (desde 2000), uma grande competição, sendo que até a derrota poderá ser suficiente, isto após um início de apuramento desastrado.

O triunfo face aos islandeses foi mais complicado do que era previsto, num jogo que acabou por valer pelo festival de golos, todos lusos na primeira parte, por obra da eficácia de Nani (13 e 21 minutos) e Hélder Postiga (44).

Os nórdicos, que já haviam ameaçado até ao intervalo, acabaram por ser mais eficazes na segunda parte e reduziram para a diferença mínima, com um “bis” de Hallgrimur Jonasson (48 e 68), sempre servido pelo “capitão” Solvi Geir Jonsson.

Portugal ainda “tremeu”, face ao perigo que constituíam as bolas paradas contrárias, mas João Moutinho (81 minutos) e Eliseu (87) sossegaram a plateia, que ainda viu mais um golo islandês, num penalti de Gyilfi Sigurdsson (90+4).

Em relação à goleada no Chipre (4-0), Portugal apresentou-se com três novidades: Eliseu e Rolando nos lugares dos lesionados Fábio Coentrão e Pepe, respetivamente, e Carlos Martins de regresso ao meio-campo, em vez de Ruben Micael.

A equipa lusa alinhou, assim, com João Pereira, Bruno Alves, Rolando e Eliseu, à frente de Rui Patrício, um meio-campo com Raul Meireles, mais recuado, João Moutinho e Carlos Martins e dois extremos (Nani e Cristiano Ronaldo) no apoio ao ponta-de-lança Hélder Postiga.

O encontro começou equilibrado e a primeira grande oportunidade pertenceu à Islândia, quando, aos sete minutos, Rui Patrício teve de fazer uma grande defesa, a cabeceamento de Jonsson, e, de seguida, Jonasson falhou isolado.

Portugal tinha dificuldades em criar perigo, mas só precisou da primeira ocasião para faturar: Moutinho marcou um canto curto, na direita, para Eliseu, que centrou para o cabeceamento perfeito de Nani.

Em vantagem sem ter feito muito por isso, o conjunto luso apanhou mais um susto aos 17 minutos, quando Saevarsson surgiu isolado, mas voltou a marcar aos 21, novamente por Nani, agora assistido por... Jonsson.

Os islandeses, que haviam começado muito bem, acusaram muito o segundo golo da formação das “quinas”, que, sem dificuldades, começou a criar sucessivas ocasiões e acabou por marcar o terceiro tento ainda antes do intervalo.

Depois de um canto, a bola sobrou na direita para Bruno Alves, que olhou para a área e colocou-a em Hélder Postiga, para este bater Magnusson.

A segunda metade começou, praticamente, com um “tiro” de Cristiano Ronaldo à barra, mas, logo a seguir, aos 48 minutos, os nórdicos marcaram, num cabeceamento de Jonasson, assistido, também de cabeça, por Jonsson.

Parecia um merecido golo de honra, mas Portugal, agora sem eficácia, não conseguiu ampliar, e os islandeses voltaram a marcar aos 68 minutos, numa nova combinação entre Jonasson e Jonsson, que “bisou” de calcanhar, após um canto.

O público assustou-se, soltando-se mesmo alguns assobios, mas, após alguns tremeliques em bolas paradas, nomeadamente lançamentos laterais, João Moutinho (81 minutos) e Eliseu (87) devolveram a tranquilidade às bancadas.

Uma grande defesa de Rui Patrício e a entrada de Nuno Gomes trouxeram mais festa ao Dragão, com o público a sair satisfeito, mesmo o que ainda viu o oitavo golo da noite, apontado de penalti por Sigurdsson (90+4 minutos), após uma falta de Rolando, que escapou ao vermelho.

O apuramento parecia comprometido após dois jogos (4-4 com o Chipre e 0-1 na Noruega), mas, volvidas cinco vitórias consecutivas, na “era” Paulo Bento, a fase final está a um ponto, um escasso ponto. Era isso que interessava.

Ficha do Jogo:

Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.

Portugal - Islândia, 5-3.

Ao intervalo: 3-0.

Marcadores:

1-0, Nani, 13 minutos.

2-0, Nani, 21.

3-0, Hélder Postiga, 44

3-1, Hallgrímur Jonasson, 48

3-2, Hallgrímur Jonasson, 68

4-2, João Moutinho, 81

5-2, Eliseu, 87

5-3, Gylfi Sigurdsson, 90+4 (grande penalidade).

Equipas:

- Portugal: Rui Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Rolando, Eliseu, Raul Meireles (Miguel Veloso, 60), João Moutinho, Carlos Martins (Ruben Micael, 72), Nani, Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga (Nuno Gomes, 88).

(Suplentes: Beto, Sereno, Miguel Veloso, Ruben Amorim, Ruben Micael, Ricardo Quaresma e Nuno Gomes)

- Islândia: Stefan Logi Magnusson, Birkir Savarsson, Solvi Jonsson, Kristjan Sigurosson, Hjortur Valgarosson, Aron Gunnarsson (Mattías Vilhjalmsson, 89), Hallgrímur Jonasson, Jóhann Gumundsson (Kjarton Finnbogasson, 81), Gylfi Sigurdsson, Birkir Bjarnason e Rúrik Gislason (Kjarton Finnbogasson, 89).

(Suplentes: Hannes Halldorsson, Indrid Sigurosson, Mattías Vilhjalmsson, Arnor Adalsteinsson, Smarason Arnor, Goomundur Kristjansson e Kjarton Finnbogasson)

Árbitro: Hendrikus Nijhuis (Holanda).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Birkir Savarsson (36), Carlos Martins (60) e Rolando (90+4).

Assistência: 35.715 espetadores

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