Euro 2012: Portugal domina Bósnia mas foi traído pela falta de pontaria

Em Zenica, Portugal puxou dos galões e realizou uma exibição personalizada, em que só faltou melhor pontaria na altura de atirar à baliza, frente a uma Bósnia-Herzegovina que só mostrou alguma qualidade nos minutos finais, numa altura que a seleção lusa já denotava alguma fadiga.

A equipa de Paulo Bento ultrapassou o péssimo relvado do Estádio Bilino Polje e foi superior aos bósnios em todos os aspetos, com Pepe e João Moutinho a destacarem-se, com exibições de grande nível.

Na defesa, Pepe ''secou'' com estilo e classe o avançado Edin Dzeko, a estrela e figura mais perigosa da Bósnia-Herzegovina, e João Moutinho esteve imperial a ganhar bolas a meio-campo e construir os ataques de Portugal.

Inicialmente, Portugal até abusou nas bolas longas para um muito desinspirado Helder Postiga, que foi facilmente marcado pela defesa bósnia, mas acabou por mudar de estratégia e foi a partir daí que dominou.

A seleção lusa só não venceu em Zenica por falta de pontaria de Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga, que protagonizaram as melhores oportunidades de Portugal já na segunda parte.

Mesmo com um ambiente infernal e com o nome de Messi a ser frequentemente ouvido nas bancas, Ronaldo esteve em bom plano, principalmente na primeira parte, em que fez a vida negra ao defesa direito da Bósnia.

Por seu lado, Postiga foi talvez mesmo a figura mais fraca, numa exibição bastante positiva de Portugal e, na altura de ter o tal instinto matador dos pontas-de-lança, acabou por rematar ao lado, em excelente posição.

Ficou a ideia de que Paulo Bento devia ter apostado de início num mais batalhador Hugo Almeida, que rendeu Postiga aos 65 minutos e mostrou ser um jogador com características para este tipo de jogo e relvado.

A partir dos 70 minutos, Portugal quebrou fisicamente, principalmente o tridente de meio-campo composto por Meireles, Miguel Veloso e Moutinho, e a Bósnia aproveitou para chegar à baliza de Portugal.

Dzeko só conseguiu o seu primeiro remate aos 72 minutos, mas coube a Ibisevic protagonizar o maior susto para a seleção portuguesa. O avançado bósnio, que entrou na segunda parte, apareceu isolado frente a Rui Patricio, mas atirou por cima.

Com o problema do cansaço a meio-campo, Paulo Bento ainda lançou Ruben Micael para o lugar de Meireles, mas já numa altura em que parecia que as duas equipas estavam satisfeitas com o empate.

Este resultado transforma o jogo da segunda “mão”, terça-feira no Estádio da Luz, numa verdadeira final, em que Portugal tem todas as condições para carimbar a qualificação para o Euro2012, a sétima consecutiva de uma grande competição internacional.