O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail, considerou esta noite que Portugal “banalizou a Bósnia” em dia de inspiração coletiva”, naquele que foi o último jogo da seleção sob a sua presidência.
“Foi uma noite inspirada dos nossos jogadores. Acreditei sempre que iríamos vencer, mas não esperava um resultado tão desnivelado. Portugal banalizou a Bósnia”, disse Gilberto Madail no final da partida do Estádio da Luz, em Lisboa, onde Portugal ganhou por 6-2 e garantiu a sexta presença consecutiva na fase final de um Europeu.
Madail valorizou a goleada lusa ao lembrar que a Bósnia “não perdia há sete jogos consecutivos” e alegando que o segundo golo bósnio “foi marcado em posição irregular”.
Para o presidente da FPF os jogadores portugueses não estiveram apenas inspirados, mas revelaram uma “vontade de ganhar” que foi “determinante para a exibição e o resultado” e provaram que a seleção portuguesa “é superior à Bósnia”.
Assumindo-se “feliz por deixar Portugal apurado pela sétima vez consecutiva para fases finais de Europeus e Mundiais, antes de deixar a FPF, Madail prevê que esta seleção “vai dar que falar” no Europeu da Ucrânia e da Polónia.
Na hora do triunfo e à beira de abandonar a FPF, o presidente recordou ter “feito o que podia pelo futebol português, o qual “dotou de condições logísticas, de equipamento e de meios audiovisuais que não existiam.
Quanto ao momento decisivo da qualificação, considerou ter sido quando Portugal marcou o quarto golo que desfez o 3-2 frente à Bósnia, numa prova que ''começou mal'', com “um ponto conquistado em seis possíveis”, antes de a seleção “acertar agulhas” com Paulo Bento, cujo percurso “teve um jogo menos conseguido” na Dinamarca, onde “não jogou com a equipa completa”.
Em relação a impacto financeiro na FPF da qualificação para o Euro2012, Madail destacou os ''oito milhões de euros'' que a instituição vai receber pela presença na fase final, além de outros prémios, como o de vitória por jogo, que ''vale um milhão de euros, ou o de empate, que vale 500 mil euros''.
“Deixo a FPF com um prestígio que nunca teve quer na área do futebol quer nas áreas patrimonial e financeira”, referiu Madail à beira da despedida, admitindo que a estrutura da FPF, apesar de “não ser amadora” necessita de ''algumas afinações''.
Na sua ótica, a próxima direção federativa vai ter ''meios e poderes'' que o atual executivo “nunca teve”, tendo em conta que ''era difícil fazer passar certas medidas e decisões na Assembleia Geral da FPF'', o que ''não acontecerá doravante'', em face das ''alterações introduzidas'' com a implementação do novo regime jurídico das federações.
A FPF vai votos a 10 de dezembro, num ato eleitoral em que o presidente da Liga de clubes, Fernando Gomes, e ex-futebolista e atual presidente da Câmara de Tondela, Carlos Marta, se apresentam como candidatos à presidência da direção.