O antigo guarda-redes internacional Vítor Baía considerou hoje que o afastamento da seleção portuguesa de futebol se deveu a “má-fé” e “maldade” do selecionador nacional da altura, o brasileiro Luiz Felipe Scolari.
Vítor Baía assinalou que mantém um “extraordinário relacionamento”com Pinto da Costa e José Mourinho, em reação à entrevista recente de Scolari à RTP, na qual o técnico brasileiro atribuiu o afastamento do ex-guarda-redes da seleção a um pedido do presidente do FC Porto e do então treinador dos “azuis e brancos”.
“Acima de tudo noto má-fé e maldade. É a única explicação que encontro para a minha ausência da seleção naquela altura”, observou Vítor Baía, à margem da doação de equipamento médico ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, por parte da sua fundação, no Dia da Criança.
Para o antigo jogador, “a maldade tem a ver com as declarações proferidas desde que Scolari saiu da seleção e a disparidade de justificações” que têm vindo a público, nomeadamente as que põem em causa o seu profissionalismo.
Sem precisar se já falou com Pinto da Costa sobre as declarações de Scolari, Vítor Baía indicou que a sua relação com o presidente do FC Porto é “extraordinária”: “É uma pessoa por quem tenho uma estima enorme. Posso dizer que sou seu amigo e tenho a certeza que isso é recíproco”.
O ex-futebolista não descartou a possibilidade de assumir cargo federativo, porque “as pessoas que estão agora na federação” não são as mesmas que promoveram o seu afastamento da equipa portuguesa.
Vítor Baía considerou que a “equipa das quinas” tem condições para passar a primeira fase e “chegar longe “ no Campeonato da Europa de 2012, que se realiza na Polónia e Ucrânia, e defendeu que a baliza de Portugal está bem entregue a Rui Patrício.