O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) quer conhecer primeiro ''em concreto'' as medidas de reajustamento que o ministro da Administração Interna tem em relação ao decreto-lei do policiamento, para depois se poder pronunciar.
Fernando Gomes adianta que está à espera de um contacto de Miguel Macedo para saber “em concreto o que está a pensar em termos de alterações''.
O líder federativo abordou este assunto em Castelo Branco, à margem da apresentação do torneio nacional inter-associações de futebol 7 feminino (sub-16), que decorrerá na cidade albicastrense entre 18 e 22 de março, com a presença de 18 seleções distritais.
Fernando Gomes entende, sobre a questão do policiamento, que ''tem de haver uma conjugação de fatores''.
Nesta matéria, diz, ''há fatores relacionados com a atual crise financeira, mas em circunstância alguma podem colocar em causa a segurança das pessoas, o ‘fair play’ e criação de condições para que as pessoas possam ir tranquilamente aos estádios''.
O presidente da FPF apela, por isso, ao bom senso ''para que cenas de violência nos estádios não ocorram em nenhuma circunstância''.
O responsável federativo lembra que a FPF tem um elemento no conselho técnico que faz a monitorização e acompanhamento do decreto-lei e que ''está na posse de um conjunto de dados e de factos'' relativamente às medidas preconizadas no despacho ''e das consequências que tiveram''. E é isso que pretende ''discutir com as entidades governamentais''.
A atribuição do torneio interassociações de futebol 7 feminino (sub 16) a Castelo Branco insere-se, segundo Fernando Gomes, ''na estratégia de descentralização e de proximidade que esta federação tem fomentado'', representando, por outro lado, ''uma forte aposta na dinamização do futebol feminino''.
Depois de ter perdido a organização do Mundialito de futsal feminino para a sua congénere de Aveiro, realizado em dezembro passado em Oliveira de Azeméis, a Associação de Futebol de Castelo Branco (AFCB) vê neste inter-associações um veículo de captação de mais praticantes: ''como acontece com o futebol masculino, também temos ideias claras e um projeto perfeitamente definido para o futebol feminino'', sublinhou o presidente daquele organismo, Manuel Candeias.