A seleção portuguesa fez história no Mundial de sub-20, ao vencer as edições de 1989 e 1991, sob o comando de Carlos Queirós e com os futebolistas que ficaram conhecidos como a “geração de ouro”.
Portugal “reinou” consecutivamente na Arábia Saudita e em solo luso, com jogadores como João Vieira Pinto, Figo, Rui Costa, Paulo Sousa, Fernando Couto ou Jorge Costa, que viriam a ser a base de grandes prestações da seleção principal, entre 1996 e 2006.
Em vésperas de uma nona participação na fase final, na 19.ª edição da prova, marcada para a Turquia, Portugal soma ainda uma terceira presença na final, precisamente na última edição, em 2011, na Colômbia, onde brilhou Nelson Oliveira.
Na história lusa, e pela positiva, há ainda o registo para mais um lugar no pódio, conquistado em 1995, no Qatar, pela geração de Nuno Gomes, que era liderada pelo génio de Dani.
De resto, destaque para o falhanço de 1993, quando os bicampeões em título não passaram da fase inicial, vergados a três derrotas, e a indisciplina de 2007, além dos “oitavos” de 1999 e de uma estreia com a chegada aos “quartos”, em 1979.
O primeiro grande momento aconteceu a 03 de março de 1989, em Riade, quando o rei Fahd entregou o troféu ao “capitão” luso Tozé, que o levantou feliz, emocionado e surpreendido, depois de um 2-0 à Nigéria selado por Abel Silva e Jorge Couto.
Foi a primeira versão da “geração de ouro”, que contava com jogadores como João Vieira Pinto, Paulo Sousa, Fernando Couto, Filipe, Amaral, autor do golo ao Brasil (1-0, nas “meias”), ou Paulo Alves, que “carimbou” o 1-0 inaugural, à Checoslováquia.
A 30 de junho de 1991, foi a vez de o Estádio da Luz receber nova festa, perante cerca de 127.000 espetadores, a maior assistência de sempre numa final de um Mundial de sub-20.
Frente ao Brasil, de Elber e Roberto Carlos, foi necessário recorrer ao desempate por grandes penalidades, tendo o ''maestro'' Rui Costa, que já carimbara o 1-0 à Austrália, nas “meias”, a ser o “herói”, ao apontar o golo do triunfo (4-2).
João Vieira Pinto e Fernando Brassard foram os únicos que repetiram o sucesso de Riade em Lisboa, desta feita ao lado de Rui Costa, Jorge Costa, Luís Figo, Abel Xavier, Emílio Peixe, eleito o melhor jogador da prova, Paulo Torres, Gil ou Toni.
Foram dois grandes êxitos para o futebol português, que, algo inesperadamente, atingiu em 2011 uma terceira final, à qual os comandados de Ilídio Vale chegaram sem sofrer golos, para caíram por 3-2, após prolongamento, vergados a um “hat-trick” de Óscar.
O Brasil venceu, pela quinta vez, mas Portugal fez história, com um conjunto em que se destacaram o guarda-redes Mika, considerado o melhor do torneio, os centrais Nuno Reis e Roderick, os “trincos” Pelé e Danilo e o ponta de lança Nelson Oliveira.
Para a história entrou também o brilhante percurso de 1995, no Qatar, com cinco triunfos e uma penosa derrota, nas meias-finais com o Brasil, vencedor com um golo de Caio, com o jogo a terminar, e a equipa lusa reduzida a nove unidades.
Sob o comando de Nelo Vingada e Agostinho Oliveira, a formação das “quinas”, com Quim na baliza, Beto na defesa, a magia de Dani a meio-campo e os golos de Nuno Gomes, ainda chegou ao “bronze” com um “saboroso” 3-2 à Espanha, após 0-2.
A participação lusa em Mundiais começou discreta, em 1979, com o “onze” de Peres Bandeira, sem grandes “estrelas”, a chegar até aos quartos de final, fase em que caiu apenas no prolongamento, por 1-0, face ao Uruguai.
As duas presenças seguintes redundaram em título, mas, com o estatuto de bicampeão, Portugal dececionou na Austrália, numa participação que ficou mais conhecida pela mensagem política, de apoio à independência de Timor-Leste.
No terreno de jogo, a participação da equipa das ''quinas”, com Hugo Porfírio como principal “estrela”, saldou-se por três derrotas - Alemanha (1-0), Uruguai (2-1) e Gana (2-0) - e apenas um golo marcado, por Bambo, terminando na última posição.
Após o terceiro posto de 1995, Portugal, comandado por Simão e Hugo Leal, voltou ao certame em 1999, na Nigéria, que se viria a revelar um palco completamente impreparado, caindo nos oitavos de final, frente ao Japão, no desempate por grandes penalidades.
Portugal só regressou em 2007, no Canadá, com a equipa de Fábio Coentrão e Rui Patrício a sair com uma imagem de indisciplina e apenas um triunfo, frente à Nova Zelândia, na estreia.
Nos oitavos de final, frente ao Chile, e depois de uma discussão entre Coentrão e um chileno, Mano agrediu o adversário e, quando o árbitro se preparava para lhe mostrar o vermelho, este foi-lhe roubado por Zequinha.
No total, Portugal contabiliza 22 vitórias, seis empates e 12 derrotas, em 40 jogos, com 46 golos marcados e 31 sofridos.