A seleção portuguesa de futebol desiludiu na fase final do Euro2008, ao ficar-se pelos quartos de final, pelo primeiro jogo a “sério”, numa competição que marcou o adeus do treinador brasileiro Luiz Felipe Scolari.
Sob o comando do técnico que havia levado o Brasil ao “penta”, no Mundial2002, Portugal não conseguiu repetir o que fizera no Euro2004 (final) e no Mundial2006 (“meias”), caindo, conformado, perante uma Alemanha mais forte (2-3).
A formação das “quinas” não tinha obrigação de superar os alemães, mas também não fez mais do que a sua obrigação na primeira fase: ainda assim, foi a primeira a conseguir o apuramento, mantendo o pleno, depois de também ter passado a fase de grupos em 1984, 1996, 2000 e 2004.
A abrir, Portugal venceu a Turquia (2-0), que viria a chegar às meias-finais, e a República Checa (3-1), para, já apurado, e com muitas poupanças, perder por 2-0 com a anfitriã Suíça.
Nos “quartos”, a equipa lusa não esteve, claramente, à altura da Alemanha – só cairia na final, face à Espanha (0-1) –, que liderou por dois golos de diferença durante 40 minutos (por 2-0, dos 26 aos 40, e por 3-1, dos 61 aos 87).
“O sentimento é de frustração, por os objetivos não terem sido atingidos. Praticamente, tinha prometido ao presidente (da FPF) que estaríamos nos quatro finalistas”, lamentou Scolari, após o seu 74.º e último encontro ao comando da formação das “quinas”.
O central Pepe e o “estratega” Deco, curiosamente dois jogadores nascidos no Brasil, foram globalmente os melhores elementos lusos, talvez porque surgiram muito bem fisicamente, após uma época em que jogaram pouco.
Por seu lado, e no que foi a primeira grande competição pós “geração de ouro”, Cristiano Ronaldo não esteve mal, longe disso, mas, depois da fabulosa época que realizara ao serviço do Manchester United, esperava-se mais.
Portugal estreou-se com um triunfo por 2-0 sobre a Turquia, selado por Pepe e Raul Meireles, para, no segundo jogo, ganhar por 3-1 à República Checa, com tentos de Deco, Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma.
A formação das “quinas” selou a qualificação logo ao segundo jogo e Scolari optou pelas reservas no terceiro, o que redundou numa exibição medíocre e num desaire por 2-0.
No primeiro “mata mata”, Portugal viu-se rapidamente a perder por 2-0, ainda reentrou no jogo, com um tento de Nuno Gomes (40 minutos), mas Michael Ballack voltou a distanciar os germânicos (61).
O segundo tento, de Hélder Postiga, chegou tarde (87 minutos) e a equipa lusa ficou fora do Euro2008, para o qual se qualificou, como habitualmente, ao último jogo: bastou, desta vez, um 0-0 com a Finlândia, no Dragão.
Portugal terminou o Grupo A no segundo lugar, atrás da Polónia e à frente de Sérvia, Finlândia, Bélgica, Cazaquistão, Arménia e Azerbaijão.