Crónica: Sonho 'luso' no futebol acaba com a Alemanha nos Jogos Olímpicos

Mais poderosa em todos os aspetos, e apesar da atuação irrepreensível do guarda-redes Bruno Varela, que esteve em plano de evidência ao adiar o inevitável, a Alemanha marcou por Serge Gnabri (45+1 minutos), Matthias Ginter (56), Davie Selke (75) e Phillip Max (87).

Portugal, com um ‘onze’ idêntico ao que começou o torneio, em que a principal novidade foi a ausência do goleador Gonçalo Paciência, até entrou bem no jogo e viu o guarda-redes Timo Horn, no primeiro minuto, negar o golo a Carlos Mané.

O início frenético do encontro produziu mais dois lances de perigo aos cinco e seis minutos, desta vez junto da baliza portuguesa, em que Bruno Varela foi obrigado a intervir a remates de Serge Gnabry e Lars Bender.

O guarda-redes português voltou a ser solicitado aos oito minutos, quando colocou cobro a uma jogada de perigo em que Gnaby solicitou a entrada de Selke e, aos poucos, começou a ser evidente a dificuldade em suster a seleção germânica.

Selke, aos 13 minutos, voltou a criar perigo junto à baliza de Bruno Varela, mas o remate enrolado saiu junto à base do poste direito, e aos 21, desta vez solicitado por Brandt, o mesmo jogador voltou a falhar, por muito pouco, o golo.

Aos 27 minutos, uma vez mais Bruno Varela foi chamado a negar o golo a Brandt, que surgiu isolado dentro da área, num lance, a exemplo de muitos outros, em que a seleção germânica ganha posição e espaço nas costas dos defesas portugueses.

Selke, aos 30 minutos, no limite do fora de jogo, ainda introduziu a bola na baliza portuguesa, num lance prontamente invalidado pelo árbitro Walter López, e aos 35 minutos Bruno Varela voltou a adiar o golo, desta vez a ‘fazer a mancha’ a Selke.

O selecionador Rui Jorge fez entrar Francisco Ramos por troca com Sérgio Oliveira e dessa alteração resultou uma reação da seleção portuguesa que, no espaço de dois minutos, criou duas situações de perigo. Primeiro por Tomas Podstawski e depois pelo próprio Francisco Ramos.

A Alemanha chegou à vantagem por Serge Gnabri (0-1), à entrada para o minuto de desconto da primeira parte, na sequência de uma jogada de envolvência da seleção germânica com sucessivas solicitações para as costas dos defesas lusos.

A segunda parte começou com Bruno Fernandes a tentar visar a baliza germânica, primeiro, sem sucesso, e, depois, novamente o médio da Udinese, aos 53 minutos, de cabeça, falhou a hipótese de empatar, num lance em que Salvador Agra não chega para a emenda.

Este seria o último ameaço da seleção orientada por Rui Jorge, que viu a Alemanha elevar sucessivamente a vantagem por Matthias Ginter (0-2), aos 56 minutos, Davie Selke (0-3), aos 75, e pelo recém-entrado Phillip Max (0-4), aos 87.

Com este resultado, a Alemanha ‘vingou’ a goleada de 5-0 infligida pela seleção de sub-21 de Rui Jorge nas meias-finais do Europeu2015 e segue para as meias-finais do Rio2016, como um das principais candidatas às medalhas.