Cristiano Ronaldo revelou sentir mais pressão no Real Madrid do que na seleção portuguesa de futebol, dizendo que ao serviço do país é visto dentro do balneário “como um líder”.
Em entrevista à revista France Football, o futebolista, três vezes considerado o melhor do mundo (2008, 2013 e 2014), falou na final do Euro2016, ganha por Portugal à França (1-0 após prolongamento) e dos sentimentos vividos.
“Não senti tanta pressão como, por exemplo, a que senti com o Real Madrid na final da Liga dos Campeões [em maio de 2016 frente ao Atlético Madrid]. Em Portugal sabes que não tens nada a perder”, justificou Cristiano Ronaldo.
O internacional português, que só disputou 25 minutos da final do Europeu, saindo lesionado após uma entrada de Payet, defendeu que nos ‘merengues’ está sempre obrigado a vencer e que Portugal nunca tinha conquistado nenhum grande título.
As hipóteses de Portugal motivaram piadas no balneário da equipa espanhola, com Cristiano Ronaldo a revelar um pouco do que os companheiros lhe disseram, nomeadamente que teria “umas férias longas” (prognosticando uma eliminação de Portugal).
“No balneário, antes de partir para o Europeu, houve um pouco de piadas e brincadeiras. Muitos dos meus colegas diziam: Cristiano vais ter umas longas férias de verão”.
O futebolista revelou que muitas das piadas aconteceram com o alemão Toni Kroos ou com os jogadores espanhóis, mas que não aconteciam com os franceses porque Benzema está fora da equipa francesa e Varane estava lesionado.
Acabou por ser uma época de muito sucesso, com a conquista da Liga dos Campeões e do Euro2016, o que leva Cristiano Ronaldo a acreditar que conquistará pela quarta vez a distinção de melhor jogador do mundo.
“A minha ambição é ganhar todos os anos. Não ganhei no ano anterior, mas ganhei nos dois que antecederam. Espero voltar a ganhar este ano”, justificando que o Real Madrid esteve impressionante na segunda metade da época e Portugal também.
O extremo explicou que a equipa ‘merengue’ esteve praticamente morta, mas que recuperou e com Portugal aconteceu algo similar, mostrando que o futebol não é uma prova de velocidade, mas uma maratona.