Cristiano Ronaldo, cinco vezes vencedor do prémio, ficou pela 12.ª vez, e nona consecutiva, no pódio da Bola de Ouro da revista francesa France Football, ao ser terceiro na edição de 2019.
O jogador da Juventus só foi batido pelo argentino Lionel Messi, do FC Barcelona, que se isolou-se na liderança do ‘ranking’, com mais um troféu do que o ‘capitão’ luso, e o holandês Virgil van Dijk, do Liverpool.
Ronaldo termina no pódio consecutivamente desde 2011, sendo que, desde 2007, só falhou os três primeiros em 2010, ano em que os três primeiros lugares foram para jogadores do FC Barcelona (Messi, Andrés Iniesta e Xavi Hernández).
No ano em que a Espanha se consagrou campeã mundial, na África do Sul (1-0 à Holanda, após prolongamento, na final), o futebolista luso foi sexto classificado, o que significa que não falha o ‘top 10’ desde 2007 - 13.ª presença seguida.
O jogador, formado no Sporting e com passagens pelo Manchester United e pelo Real Madrid, ganhou em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017, foi segundo em 2007, 2009, 2011, 2012 e 2015 e, desta vez, fechou o pódio.
Entre os futebolistas lusos, Cristiano Ronaldo, nascido na Madeira em 05 de fevereiro de 1985 (34 anos), já é, de muito longe, o melhor, ao somar cinco títulos, contra apenas um do ‘rei’ Eusébio e outro de Figo.
O então jogador do Benfica ganhou em 1965, quando só os jogadores europeus eram elegíveis, enquanto Figo venceu em 2000, na transição do FC Barcelona para o Real Madrid e numa altura em que o prémio já tinha sido aberto a todos os jogadores que evoluíam em equipas europeias.
Ao nível de presenças no ‘top 10’, Ronaldo tem agora mais cinco do que Eusébio, que terminou a carreira com oito, entre 1962 e 1973. Ainda foi pontuado mais três vezes, para um total de 11.
Além do triunfo de 1965, o ‘Pantera Negra’ somou dois segundos lugares, em 1962 e 1966 - ano em que perdeu por um ponto para o inglês Bobby Charlton -, um quarto (1964), dois quintos (63 e 67), um sétimo (73) e um oitavo (68).
Por seu lado, Figo ostenta três presenças entre os melhores, já que foi quinto em 1999, como jogador do ‘Barça’, e, já ‘merengue’, sexto em 2001, ano em que foi eleito o jogador do ano da FIFA.
Entre os jogadores portugueses, outro esteve muito perto de vencer o troféu: em 1987, ano em que ajudou o FC Porto a sagrar-se campeão europeu e rumou ao Atlético de Madrid, Paulo Futre foi segundo, a 15 pontos do holandês Ruud Gullit.
Por seu lado, o internacional luso Deco também conquistou, em nome de Portugal, um segundo lugar, em 2004, curiosamente também no ano em que saiu do FC Porto campeão da Europa para Espanha, no seu caso para o FC Barcelona.
Nas contas finais de 2004, ano em que também chegou à final do Europeu, com a seleção lusa, somou menos 26 pontos do que o ucraniano Andrei Shevchenko.
Na história da Bola de Ouro, entregue em parceria com a FIFA de 2010 a 2015, mais seis internacionais portugueses conquistaram lugares no ‘top 10’, com destaque para Fernando Chalana, quinto em 1984, depois do brilharete luso no Europeu, que lhe valeu a troca ‘milionária’ do Benfica para o Bordéus.
Por seu lado, Ricardo Carvalho foi nono em 2004, na transição entre FC Porto e Chelsea, e Pepe repetiu a posição em 2016, ao sagrar-se campeão europeu por Portugal e pelo Real Madrid, tal como Bernardo Silva, do Manchester City, em 2019.
Os benfiquistas José Águas e José Torres fecharam os 10 melhores em 1961 e 66, respetivamente.