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The Best: Lewandowski supera ‘extraterrestres’ e estreia-se no ‘trono’ mundial

A conquista da Liga dos Campeões, pelo Bayern de Munique, aliada ao estatuto de melhor marcador da prova, impulsionaram o polaco Robert Lewandowski à conquista do prémio de melhor futebolista do mundo, superando Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.

The Best: Lewandowski supera ‘extraterrestres’ e estreia-se no ‘trono’ mundial
Futebol 365

O ponta-de-lança, de 32 anos, que época após época se tem afirmado como um dos melhores jogadores do mundo, recebeu hoje, pela primeira vez, o galardão ‘The Best’, prémio entregue pela FIFA e que consagrou o melhor futebolista de 2020.

‘Lewa’ venceu a concorrência do português Cristiano Ronaldo e do argentino Lionel Messi, que juntos somam 11 troféus de melhor do mundo. O avançado da Juventus, que ficou em segundo lugar na votação do ‘The Best’ deste ano, conta com cinco galardões no currículo (2008, 2013, 2015, 2016 e 2016/17), menos um do que o argentino do FC Barcelona (2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019), que é o recordista e que terminou esta votação no terceiro posto.

Em 2020, o internacional polaco ajudou o Bayern de Munique a conquistar a Liga dos Campeões, em Lisboa, e a Supertaça Europeia, além do título alemão, a Taça da Alemanha e a Supertaça germânica. Foi ainda o melhor marcador das últimas edições da ‘Champions’, com 15 golos, e da Liga alemã, com 34.

Apesar de não ter vencido o troféu, Cristiano Ronaldo integra o melhor ‘onze’ do ano, tal como Messi e Lewandowski, numa equipa formada ainda por Alisson (Liverpool), Trent Alexander-Arnold (Liverpool), Virgil van Dijk (Liverpool), Sergio Ramos (Real Madrid), Alphonso Davies (Bayern de Munique), Joshua Kimmich (Bayern de Munique), Kevin de Bruyne (Manchester City) e Thiago Alcántara (Bayern de Munique/Liverpool).

O prémio de melhor treinador de futebol masculino foi arrecadado pelo alemão Jurgen Klopp, que já tinha sido galardoado no ano passado.

O técnico do Liverpool, que conduziu os ‘reds’ à conquista do título inglês 30 anos depois e do Mundial de clubes, superou o compatriota Hans-Dieter Flick, do campeão europeu Bayern de Munique, e o argentino Marcelo Bielsa, do Leeds.

Depois de ter sido terceira colocada em 2019, a inglesa Lucy Bronze, cujo pai é português, foi eleita a melhor jogadora do mundo, à frente da dinamarquesa Pernille Harder e da francesa Wendie Renard.

“Já foi uma surpresa estar entre as finalistas, ao lado de duas futebolistas tão incríveis, quanto mais ganhar. Nem tenho palavras para exprimir o que sinto. Se 2020 nos ensinou alguma coisa foi a apreciar todo e cada momento, e pensar no presente. Vou lembrar-me deste momento para o resto da minha vida”, reagiu a defesa, que esta época se transferiu do Lyon para o Manchester City.

Já Sarina Wiegman, que levou os Países Baixos à final do Mundial2019, venceu o troféu de melhor treinador de futebol feminino, depois de já ter conquistado o prémio em 2017. A holandesa levou a melhor sobre o francês Jean-Luc Vasseur, do Lyon, e Emma Hayes, do Chelsea.

O alemão Manuel Neuer foi considerado o melhor guarda-redes do ano, face à concorrência de Alisson (Liverpool) e Oblak (Atlético de Madrid). O guardião e ‘capitão’ do Bayern de Munique, de 34 anos, conquistou a Liga dos Campeões, em Lisboa, e a Supertaça Europeia, além de mais um campeonato germânico.

“É um dos melhores anos da minha carreira. Foi incrível ganharmos a Liga dos Campeões e estou muito feliz com este prémio. A nossa equipa tem uma grande mentalidade”, referiu Neuer, que tinha sido segundo colocado em 2017, atrás do italiano Gianluigi Buffon.

O galardão para melhor guarda-redes de futebol feminino foi entregue à francesa Sarah Bouhaddi, que representa o Lyon, vencedor das últimas cinco edições da Liga dos Campeões e campeão hegemónico do campeonato francês.

O sul-coreano Son Heung-Min, que alinha no Tottenham, sob o comando do português José Mourinho, recebeu o ‘prémio Puskas’, distinção para melhor golo em 2020, que foi apontado numa partida da Liga inglesa, diante do Burnley.

“Recebi a bola na nossa área e tentei passá-la, mas não encontrei soluções de passe. Então, comecei a correr, a driblar adversários e, alguns segundos depois, estava à frente da baliza e marquei. Foi um bonito golo. Na altura, nem me apercebi que tinha sido tão bom. Mais tarde, quando vi o golo na televisão, percebi que tinha sido algo especial”, recordou o avançado dos ‘spurs’.

O jovem italiano Mattia Agnese foi galardoado com o prémio ‘fair-play’, depois de socorrer um adversário que tinha caído inanimado durante um jogo, enquanto Marivaldo Francisco da Silva venceu o prémio de melhor adepto. O brasileiro, adepto do Sport Recife, percorre 64 quilómetros a pé, desde a sua casa até ao estádio daquela equipa, para assistir aos jogos, num percurso que demora cerca de 12 horas a percorrer.

O melhor ‘onze’ feminino da FIFPro é composto por Christiane Endler (Paris Saint-Germain), Millie Bright (Chelsea), Lucy Bronze (Lyon/Manchester City), Wendie Renard (Lyon), Barbara Bonansea (Juventus), Verónica Boquete (Utah Royals/AC Milan), Delphine Cascarino (Lyon), Pernille Harder (Wolfsburgo/Chelsea), Tobin Heath (Portland Thorns/Manchester United), Vivianne Miedema (Arsenal) e Megan Rapinoe (OL Reign).

As 11 categorias dos prémios The Best, em masculinos e femininos, foram eleitas por ‘capitães' e treinadores de todas as seleções, adeptos e representantes de órgãos de comunicação social de todo o mundo.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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