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"Sem a necessidade da vénia do último passe a Ronaldo, os jogadores soltam-se"

A histórica vitória de Portugal sobre o Luxemburgo por 9-0 no jogo de apuramento para o Euro 2024 gerou rapidamente profundas análises por parte de diferentes figuras do desporto nacional, e o conhecido comentador desportivo Luís Freitas Lobo não ficou de fora.

"Sem a necessidade da vénia do último passe a Ronaldo, os jogadores soltam-se"
Depositphotos

Na maior goleada de sempre aplicada pela seleção das quinas em jogos oficiais, Cristiano Ronaldo, apelidado por muitos como a maior figura da história de Portugal, desta vez não fez parte dos protagonistas da partida, algo que para Luís Freitas Lobo até fez bem à equipa comandada por Roberto Martínez.

O comentador é da opinião de a equipa portuguesa soltou-se e demonstrou um jogo mais criativo e de alta qualidade durante a partida sem a presença do craque do Al Nassr. Freitas Lobo acredita que não foi coincidência, e a ausência de Ronaldo permitiu que outros jogadores brilhassem, sem a pressão de fornecer constantemente o último passe ao capitão.

"Jogámos de forma solta, criativa e com muita qualidade. Jogámos também sem Ronaldo na frente de ataque. Não quer dizer que a seleção seja melhor sem Ronaldo, mas acho que os jogadores, sem a necessidade de fazerem a vénia do último passe a Ronaldo, soltam-se de forma diferente", começou por dizer, em declarações ao jornal 'O Jogo'.

Luís Freitas Lobo elogiou ainda a dupla Jota e Gonçalo Ramos na frente de ataque, a criatividade de Bernardo Silva e a qualidade de passe e visão de jogo de Bruno Fernandes, tendo ainda afirmado que este é o caminho para tornar a seleção das quinas mais emocionante e vibrante.

Embora Freitas Lobo não acredite que a seleção seja melhor sem Ronaldo, enfatiza que a ausência do astro luso e a mudança tática promovida por Martínez para a receção ao Luxemburgo, parecem ter soltado a equipa.

"Ganhar ou perder é outra questão. O que está em causa é criar um estilo de jogo que nos faça brilhar, empolgar com a seleção. E acho que estes dois fatores - mudança de sistema e não ter Ronaldo - soltaram a equipa, claramente", analisou.

Esta goleada representa uma viragem na equipa de Roberto Martínez, passando de um jogo "triste com vitória" para uma exibição alegre e dominante. Freitas Lobo conclui que o caminho para o sucesso é um "futebol de sorriso aberto", destacando a qualidade dos jogadores portugueses e a necessidade de adaptar o sistema tático às suas capacidades.

"Haverá jogos em que será útil jogar com Ronaldo, haverá jogos em que será útil jogar com três centrais. Por sistema, por opção preferencial, penso que nenhuma das situações é ideal, atualmente. Claro que o adversário era fácil, mas mesmo com adversários fáceis tem sido um suplício, um martírio, ver jogar a seleção. Mesmo ganhando, tem sido um fado triste com vitória", concluiu Luís Freitas Lobo.

Esta análise, feita pelo experiente comentador desportivo, sugere que a seleção portuguesa pode ter encontrado uma fórmula vencedora, que equilibra tanto o talento individual quanto a coesão de equipa, mesmo sem a presença de Cristiano Ronaldo em todos os jogos.

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