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Mundial-2014: Portugal teve percurso acidentado, mas com final feliz

A seleção portuguesa de futebol e Cristiano Ronaldo guardaram o melhor para o fim na caminhada para o Mundial2014, nos “play-offs” com a Suécia, depois de um percurso acidentado no Grupo F europeu de qualificação.

Mundial-2014: Portugal teve percurso acidentado, mas com final feliz
Futebol 365

Designado melhor futebolista do Mundo em 2013, Ronaldo terá ficado a dever uma parte importante desse prémio ao desempenho no duplo confronto com os escandinavos, nos quais marcou os quatro golos de Portugal, nos triunfos por 1-0 e 3-2.

Antes disso, tanto o avançado como a equipa liderada pelo selecionador Paulo Bento foram menos impressionantes, terminando a fase de grupos no segundo lugar, atrás de uma seleção da Rússia que nem precisou de deslumbrar para assegurar o apuramento direto para a fase final, no Brasil.

Numa “poule” acessível, que integrava também Israel, Azerbaijão, Irlanda do Norte e Luxemburgo, a equipa das “quinas” venceu seis dos 10 jogos que disputou, tendo empatado três - dois dos quais em casa -, e perdido apenas um, em Moscovo, na visita ao principal adversário.

Uma campanha que teve como único momento alto o triunfo por 4-2 na Irlanda do Norte, graças ao primeiro “hat-trick” na seleção “AA” de Ronaldo, que, nesse dia, ultrapassou Eusébio e se tornou o segundo melhor marcador da seleção, a quatro golos do então recordista Pauleta (47), que viria a igualar na Suécia.

O encontro de Belfast foi também o único realmente exemplar do “capitão” da seleção nacional, que terminou a primeira fase de qualificação com quatro golos marcados e outros tantos cartões amarelos, falhando por via disso os encontros com o Azerbaijão e o Luxemburgo.

O outro golo do avançado do Real Madrid no Grupo F foi apontado logo na estreia, no Luxemburgo, que se adiantou no marcador aos 13 minutos, por Daniel da Mota, antes de Ronaldo (28) e Hélder Postiga (54) virarem o marcador e evitarem uma entrada em falso.

A vitória por 3-0 na receção ao Azerbaijão foi mais complicada do que mostra o resultado, pois o golo inaugural surgiu apenas aos 63 minutos, marcado pelo suplente Varela, e os adeptos lusos só descansaram perto do fim, quando Hélder Postiga, aos 85, e Bruno Alves, aos 88, dilataram a vantagem.

Depois, Portugal comprometeu seriamente o primeiro lugar do grupo no espaço de quatro dias, ao perder por 1-0 na Rússia, na sequência do golo de Kerzhakov, aos seis minutos, e ao empatar 1-1 em casa com a Irlanda do Norte, com Hélder Postiga a salvar um ponto aos 79, em resposta ao tento de Niall McGinn, aos 30.

O golo de Bruno Alves logo no minuto inicial parecia ter lançado a equipa lusa para um triunfo tranquilo em Israel, mas os anfitriões viraram o resultado para 3-1, por Hemed (24), Ben Basat (40) e Gershon (70), antes de Hélder Postiga, aos 72, e Fábio Coentrão, já em período de compensação, minimizarem os danos, fixando o empate 3-3.

Sem Cristiano Ronaldo, ausente devido a castigo, a seleção portuguesa voltou a só quebrar a resistência do Azerbaijão na segunda parte, graças a um remate certeiro de Bruno Alves, aos 68 minutos. Coube ao suplente Hugo Almeida confirmar, aos 79, o triunfo por 2-0 em Baku.

A vitória por 1-0 em casa sobre a Rússia, consumada com um golo apontado aos nove minutos por Hélder Postiga (melhor marcador luso na fase de grupos, com seis tentos), permitiu a Portugal terminar pela primeira vez duas partidas consecutivas sem sofrer golos.

Mas, as fragilidades de Portugal ficaram bem expostas no jogo seguinte, na Irlanda do Norte, onde esteve a ganhar com um golo marcado aos 21 minutos, por Bruno Alves, que se tornou o defesa mais goleador da seleção, com nove remates certeiros, mas permitiu que McAuley (36) e Ward (52) dessem a volta ao resultado.

Após seis jogos em “branco”, Cristiano Ronaldo regressou aos golos em grande estilo, resgatando a equipa ao concretizar o primeiro “hat-trick” pela seleção nacional, aos 68, 77 e 83 minutos, mantendo viva uma réstia de esperança no primeiro lugar.

Portugal pareceu ter assegurado um lugar nos “play-offs” quando o primeiro golo internacional de Ricardo Costa, aos 28 minutos, colocou a equipa lusa a vencer por 1-0 na receção a Israel mas um erro do guarda-redes Rui Patrício ofereceu o empate a Ben Basat, aos 85.

No último jogo do grupo, em casa, com o Luxemburgo, a seleção nacional voltou a não impressionar, inaugurando o marcador apenas quando os visitantes jogavam em inferioridade numérica, por Varela, aos 30 minutos, tendo Nani, aos 36, e Hélder Postiga, aos 78, dilatado o resultado.

A prova de fogo estava reservada para os “play-offs”, frente a uma Suécia que também tinha o seu Ronaldo, o avançado Zlatan Ibrahimovic, mas foi o português que marcou o único golo da vitória por 1-0 na primeira mão, no Estádio da Luz, aos 82 minutos.

Em Solna, Ronaldo inaugurou o marcador aos 50 minutos, mas Ibrahimovic deu a volta, aos 68 e 72, e colocou em risco as expectativas lusas, antes de o melhor jogador mundial de 2013 consumar o “hat-trick”, aos 77 e 79, igualando o recorde de 47 golos de Pauleta e colocando Portugal na fase final.

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