A qualificação direta para o Euro2016 e uma inédita série de sete vitórias consecutivas marcaram o ano de 2015 da seleção portuguesa de futebol, que viveu o seu episódio mais negativo perante Cabo Verde.
Com uma vitória sobre a Dinamarca, por 1-0, em Braga, Portugal assegurou o primeiro lugar do grupo I e o apuramento para o Europeu do próximo ano, que vai decorrer em França, e três dias depois foi a Belgrado bater a Sérvia, por 2-1, somando o sétimo triunfo consecutivo em jogo oficiais, num mês de outubro que foi memorável para a formação de Fernando Santos.
Ao longo da sua história, Portugal só tinha conseguido seis vitórias seguidas ‘a sério’, entre 2005 e 2006, em jogos do Mundial de 2006.
Este ano, a seleção lusa acabou também com uma ‘seca’ de quase 40 anos e 11 jogos sem vencer a Itália, ao bater a formação transalpina por 1-0, em Genebra, num particular.
Com apenas vitórias nos cincos jogos oficiais que disputou em 2015, Portugal ‘tropeçou’ nos particulares com a França (1-0), em Lisboa, com a Rússia (1-0), em Krasnodar, e perante Cabo Verde (2-0), no Estoril, naquele que acabou por ser o resultado mais pesado do ano.
No final de março, sem nenhum dos jogadores que tinham atuado dois dias antes perante a Sérvia, devido aos regulamentos da FIFA, Portugal teve uma noite para esquecer e sofreu a primeira derrota da sua história frente aos cabo-verdianos, num jogo em que apresentou o total de sete estreias.
O ano começou com uma importante vitória frente à Sérvia, por 2-1, num jogo que colocou Portugal pela primeira vez no topo do grupo I de apuramento, lugar que nunca mais largou.
No Estádio da Luz, com Fernando Santos a ver o jogo no camarote, por estar a cumprir castigo imposto pela FIFA, ainda por causa de um incidente quando liderava a Grécia, no Mundial2014, Ricardo Carvalho abriu a contagem aos 10 minutos e tornou-se, aos 37 anos, o jogador mais velho a marcar um golo pela seleção lusa.
O ex-benfiquista Matic ainda fez o empate, aos 61 minutos, mas, praticamente na jogada seguinte, aos 63, Fábio Coentrão 'carimbou' a vitória e a liderança, assistido por João Moutinho.
Depois do desaire com Cabo Verde, Portugal foi em junho vencer à Arménia, por 3-2, consolidando o primeiro lugar do agrupamento, após excelente exibição de Cristiano Ronaldo, que assinou um ‘hat-trick’, o terceiro com a camisola das ‘quinas, em Erevan.
O médio de origem brasileiro Marcos Pizzelli deu vantagem à Arménia, aos 14 minutos, mas Portugal respondeu com o primeiro golo de Ronaldo, aos 29, de grande penalidade. O ‘capitão' voltou a faturar, aos 55 e 58, mas a formação da casa ainda reduziu por Hrayr Mkoyan, aos 71, numa altura em que Portugal atuava com 10, devido à expulsão de Tiago, aos 62.
Já com Ronaldo de férias, Portugal fechou a temporada com a tal vitória sobre a Itália, com um golo de Éder, o seu primeiro à 18.ª internacionalização ‘AA’, aos 52 minutos, depois de uma assistência de Ricardo Quaresma.
Em setembro, Portugal começou o mês com uma derrota perante a França, por 1-0, num particular no Estádio José Alvalade, mas três dias depois foi à Albânia vencer, por 1-0, e regressou a casa a precisar apenas de um ponto para estar no Europeu do próximo ano.
De regresso à seleção nacional depois de um ano de ausência, Miguel Veloso fez o único golo da partida, aos 90+2 minutos, e ‘vingou’ a derrota que a Albânia tinha imposto a Portugal no arranque da qualificação, por 1-0, em Aveiro.
Um mês depois, a formação das ‘quinas’ assegurou mesmo o apuramento, e o primeiro lugar do grupo I, ao bater a Dinamarca, por 1-0, com João Moutinho a ser o ‘herói’ português, aos 66 minutos, num partida que decorreu em Braga.
Com tudo resolvido, Fernando Santos poupou Ronaldo, Tiago, Ricardo Carvalho e Fábio Coentrão para o último jogo, mas, mesmo assim, foi à Sérvia vencer por 2-1, alcançado um registo de sete vitórias seguidas em jogos oficiais, algo inédito na história da seleção portuguesa.
Em Belgrado, Nani, que foi capitão neste jogo, e João Moutinho fizeram os golos lusos, aos cinco e 78 minutos, tendo pelo meio, aos 65, Tosic marcado para a formação da casa.
Portugal terminou o ano em modo de gestão, como o próprio Fernando Santos admitiu, deixando as suas principais figuras de fora dos convocados para os jogos na Rússia e no Luxemburgo.
Em Krasnodar, no jogo com quatro estreias absolutas (Gonçalo Guedes, Rúben Neves, Lucas João e Ricardo Pereira), Portugal perdeu, por 1-0, e depois despediu-se de 2015 com a oitava vitória consecutiva sobre o Luxemburgo, desta por 2-0, com André André e Nani a marcarem no Estádio Josy Barthel.