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Crónica: Portugal desperdiça vantagem de dois golos frente à Tunísia

A seleção portuguesa, ainda sem Cristiano Ronaldo, desperdiçou hoje uma vantagem de dois golos e empatou 2-2 com a Tunísia, no primeiro de três exames antes do Mundial2018 de futebol, em Braga.

Crónica: Portugal desperdiça vantagem de dois golos frente à Tunísia
Futebol 365

André Silva (22 minutos) e João Mário (35) deram uma vantagem que parecia não ter margem para fugir, mas o campeão da Europa, algo perdulário, foi surpreendido com golos de Anice Badri (39) e Ben Youssef (64), resultado que a 14.ª do 'ranking' mundial, a melhor seleção africana na classificação FIFA, fez por justificar na etapa complementar.

Ainda sem o ‘capitão’, que no sábado conquistou o seu quinto título na Liga dos Campeões, o quarto pelo Real Madrid, e também privado dos ‘leões’ Rui Patrício, Bruno Fernandes e Gelson, o selecionador Fernando Santos estreou o central Rúben Dias, do Benfica.

A equipa das 'quinas' teve bons momentos na etapa inicial, mas depois ‘eclipsou-se’ no segundo tempo, frente a um rival entretanto mais agressivo e ambicioso.

A Tunísia poderia ter marcado logo aos 55 segundos, após um erro de Raphael Guerreiro – esteve longe do seu melhor –, que só não deu golo porque Khaoui fez o mais difícil e errou o alvo.

Quaresma fez ainda pior 10 minutos, quando recebeu um ‘brinde’ do guarda-redes contrário, mas não conseguiu bater Moez Hassen, atirando por cima.

Redimiu-se aos 22, numa altura em que Portugal já era senhor do jogo, quando fugiu a um adversário e foi à linha cruzar para André Silva, que cabeceou para o 1-0.

Khaoui (24), ao primeiro poste, voltou a ter má pontaria, em cruzamento na direita, um falhanço ao nível do de André Silva (30), que, com espaço para 'bisar', rematou desenquadrado com a baliza.

Os pupilos de Fernando Santos tinham vários momentos de futebol fluído e foi com naturalidade que chegaram ao 2-0, num verdadeiro ‘míssil’ de João Mário, à entrada da área e com a bola a passar por meio de uma molhada de jogadores.

Novo lapso de Raphael Guerreiro (39) descompensou a defesa – Ricardo foi acudir o eixo central e deixou deserta a lateral direita - e permitiu que a bola chegasse a Badri (39), que, sozinho, rematou forte, indefensável.

A Tunísia voltou a entrar melhor no jogo, mas Portugal podia ter ampliado num bailado de Bernardo Silva (55), que esbarrou na base do poste, com a bola a sobrar para João Mário, que completamente só, atirou contra o guarda-redes, com Bernardo Silva a atirar sem nexo a bola entretanto solta na sua zona.

A Tunísia não facilitou muito mais e foi crescendo no encontro, empatando numa segunda bola para a área através de Ben Youssef (64), em posição regular, a surgir nas costas de Rúben Dias na pequena área e empatar.

O resto do desafio foi muito partido e, apesar das várias mexidas, Portugal não conseguiu sair da Pedreira com o desejado e motivador triunfo.

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