Portugal empata com Ucrânia na estreia na qualificação para o Euro2020

No Estádio do Luz, em Lisboa, a seleção nacional não produziu uma exibição de ‘encantar', mas fez mais do que suficiente para começar o apuramento com uma vitória e acabar de vez com uma ‘maldição' que já dura há mais de 20 anos.

Foi a terceira fase de qualificação consecutiva de uma grande competição em que Portugal entrou sem ganhar, e, contabilizando apenas Europeus, o último triunfo aconteceu em 1998, na Hungria (3-1), no arranque para o Euro2000.

Nove meses depois, Cristiano Ronaldo regressou à seleção portuguesa e só não marcou porque Pyatov foi uma ‘muralha' na baliza da Ucrânia. O guardião do Shakhtar Donetsk, de 34 anos, fez várias boas defesas, uma delas fantástica, a remate de André Silva, já durante a segunda parte.

Embora Portugal tenha tido as melhores oportunidades, a Ucrânia, que fez uma exibição interessante e personalizada em Lisboa, também podia ter regressado a casa com a vitória, com Pepe, já perto do fim, a impedir o ‘brasileiro' Júnior Moraes de marcar na estreia pela sua nova seleção.

No seu regresso, Ronaldo voltou a fazer dupla na frente com André Silva, mas, desta vez, a ligação entrou os dois acabou por não dar ‘frutos', como aconteceu muitas vezes no apuramento para o Mundial2018.

Portugal iniciou a partida com muito espaço entre os setores, sobretudo entre o ataque o meio campo, e a ‘abusar' dos passes longos, que raramente incomodaram a defensiva ucraniana.

Na Luz, a formação de Leste mostrou que é candidata ao apuramento, exibindo um bloco defensivo bastante coeso e uma estratégia bem vincada, em que tentava ter a posse de bola e sair rapidamente para o ataque.

Aos 16 minutos, Pepe esteve perto de fazer um grande golo, com um remate de primeira de fora de área, e foi nessa altura que começou o ‘festival' de Pyatov.

Seguiram-se boas intervenções frente a Ronaldo, por duas vezes, isto depois de Portugal ter pensado que tinha chegado ao golo, mas o cabeceamento certeiro de William Carvalho foi anulado por fora de jogo.

Na segunda parte, Fernando Santos manteve o ‘onze', mas fez subir Bernardo Silva no terreno, num 4-3-3, passando a jogar mais perto de Ronaldo e André Silva.

Aos 52 minutos, o avançado do Sevilha atirou fraco à figura de Pyatov, mas, pouco depois, obrigou o guarda-redes ucraniano à grande defesa do encontro. Silva atirou forte e colocado à entrada da área, mas o guardião conseguiu dar uma palmada na bola, quando alguns jogadores portugueses já tinham levantado os braços, a festejar golo.

Portugal foi bem mais dominador após o intervalo e apresentou um futebol mais ligado, mas acabou por não ser suficiente para chegar à vitória.

Fernando Santos lançou primeiro Rafa e depois o estreante Dyego Sousa, mas a resistência ucraniana manteve-se ao fim, sendo que o final que podia ter sido bem mais dramático para Portugal, não fosse Rúben Dias.

Aos 85 minutos, Rui Patrício, na sua única intervenção na partida, defendeu para a frente um remate de Malinovskyi e deixou Júnior Moraes com a baliza totalmente aberta para fazer o golo. O avançado ainda rematou, mas o central do Benfica ainda foi a tempo de desviar o remate para canto.