Carlos Queiroz escusou-se hoje a estabelecer uma meta para o Mundial de futebol de 2010, prometendo apenas “muito trabalho” para ajudar a concretizar o “sonho alto” de brilhar na África do Sul.
“Sonhamos alto, mas não basta sonhar, é preciso trabalhar e sobretudo acreditar. Que temos de nos preparar bem e que podemos competir contra as outras seleções. Respeitamos todas, mas não valorizamos nenhuma acima de nós. Temos a convicção de que podemos ganhar, mas temos de estar bem preparados”, vincou o selecionador luso.
O técnico considera também que o envolvimento da sociedade portuguesa é fundamental no êxito da equipa que dirige e, por isso, pretende reforçar a “solidariedade” dos que a apoiam e conquistar o “respeito” daqueles que ainda hesitam em apoiá-la incondicionalmente.
Queiroz quer “tranquilidade e alguma privacidade” para trabalhar o Mundial2010, com o objetivo de se posicionar para “competir contra os melhores e discutir com eles essas posições (primeiras)”.
“Temos de estar satisfeitos e orgulhosos, pois estamos no meio das 32 melhores equipas do mundo, na maior festa do desporto mundial. Colocámos a nossa seleção lá e agora há que desfrutar e tirar partido dessa presença”, resumiu.
Na África do Sul, a ideia é atacar um jogo de cada vez - “não temos de jogar contra o mundo, é um erro” -, confiando Queiroz que tem ao dispor “uma boa equipa, com excelentes jogadores e um espírito de equipa fantástico”.
A ideia é apresentar um futebol “consistente, com segurança”, lembrando que a equipa das “quinas” sofreu nove golos em apenas dois jogos (seis do Brasil e três da Dinamarca) e que nos restantes 15 apenas encaixou dois.
Queiroz analisou o desempenho luso nos últimos três mundiais e avisou para o saldo 15-13 em golos em 13 jogos: “Estamos a refletir nesses detalhes para, se possível, ir mais à frente se os adversários deixarem e formos capazes”.