Carlos Queiroz remeteu terça feira uma participação à FIFA a solicitar que esta “investigue a ingerência das autoridades públicas portuguesas” no processo que conduziu ao seu despedimento, revelou o ex-selecionador de Portugal à Agência Lusa.
A participação foi enviada em carta registada e endereçada ao secretário geral da FIFA, Jerôme Valcke, na qual constam os factos que, no entender do ex-selecionador, conduziram ao seu despedimento.
“Os factos mencionados na participação demonstram que há uma relação de causa efeito entre a intervenção do secretário de Estado [da Juventude] e do Desporto e o meu posterior despedimento e consequente perda do posto de trabalho”, disse Carlos Queiroz.
Entretanto, o ex-selecionador aguarda que o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), sedeado em Lausanne, na Suíça, decida sobre o seu pedido de suspensão da sanção que a Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) lhe aplicou.
Carlos Queiroz foi castigado com seis meses de suspensão da sua actividade profissional por a ADoP ter considerado que perturbou a ação de controlo antidoping efetuada a 16 de maio, no estágio da seleção portuguesa na Covilhã, antes do Mundial da África do Sul.