O extremo Cristiano Ronaldo recuperou, com a chegada de Paulo Bento, a veia goleadora na seleção portuguesa de futebol dos tempos de Luiz Felipe Scolari, depois de a ter perdido com Carlos Queiroz.
Com o técnico brasileiro, que o lançou na equipa das “quinas” a 20 de agosto de 2003 (1-0 ao Cazaquistão, em Chaves), Ronaldo marcou 21 golos, em 58 jogos, mas, com Queiroz, ficou-se por míseros dois, em 18 encontros.
Uma grande penalidade à Finlândia (1-0), num particular disputado no Algarve, em 2009, e um tento caricato à Coreia do Norte (7-0), no Mundial2010, foram os únicos golos que Ronaldo festejou na “era” Carlos Queiroz.
Os recordes de golos que pareciam à sua mercê (incluindo o máximo de Pauleta, que se despediu com 47) “complicaram-se”, mas a tendência parece estar a inverter-se desde a chegada de Paulo Bento ao comando da equipa das “quinas”.
Em apenas quatro jogos (falhou os dois últimos particulares, devido a lesão), Cristiano Ronaldo marcou mais golos (três) do que em 18 com Queiroz.
O jogador do Real Madrid faturou nos dois jogos de qualificação para o Europeu (3-1 à Dinamarca e 3-1 na Islândia) e também marcou à Argentina (1-2), ficando em “branco” apenas face à Espanha (4-0)... e porque Nani lhe roubou um golo, ao querer confirmá-lo em cima da linha.
Desta forma, Ronaldo passou a somar 26 golos, em 80 jogos (sétimo mais internacional “AA” da história), igualando o registo de Rui Costa e ficando apenas atrás de Nuno Gomes (29 tentos), Figo (32), Eusébio (41) e Pauleta (47).
O próximo alvo do jogador luso é, assim, Nuno Gomes, e, se mantiver a veia goleadora dos últimos jogos... até pode conseguir igualar o jogador do Benfica já no próximo jogo, sábado, na Luz, face à Noruega.
Nos derradeiros quatro jogos do Real Madrid em 2010/2011, o “7” dos “merengues” marcou 11 golos: um “poker” em Sevilha (6-2), um “hat-trick” ao Getafe (4-0) e dois “bis”, em Villarreal (3-1) e na receção ao Almeria (8-1).
Com este fabuloso final de época, “CR7” ultrapassou o argentino Lionel Messi (FC Barcelona) e, com 40 golos (recorde da história da Liga espanhola), garantiu a segunda “Bota de Ouro” da carreira, repetindo o feito de há três anos, ao serviço do Manchester United.
No total, Cristiano Ronaldo marcou 53 golos em 54 encontros pelo Real Madrid em 2010/2011, incluindo o que salvou a época do conjunto de José Mourinho, face ao FC Barcelona, no prolongamento da final da Taça do Rei (1-0).